Andei fazendo uma limpeza em algumas fotos antigas e algumas chamaram minha atenção. Tenho muitas fotos sentada em balanços, gangorras e sei lá mais que nome se dá por ai.
A verdade é que há algo de reprimido neste meu interesse por balanços.
Não são fotos tiradas numa só época. Em algumas estou criança, em outras, adulta e nas mais recentes, na idade da madureza. O certo é que em todas elas, o balanço está presente.
Não sei o que psicologicamente o balanço representa, aí eu teria que perguntar a minha querida amiga e psicóloga Amália, para poder entender mais profundamente. Não que isso me incomode, mas tudo que diz respeito à minha vida, tem grande significado para mim; acho que pelos problemas que passei e por outros que ainda passo.
Acho que a grande verdade é que a vida de todos nós é um eterno balançar...... horas melhores, horas piores.... Sensações de ir e vir no doce balançar, mas assim como não queremos sair do balanço brinquedo, não queremos sair do balanço da vida, afinal se a vida fosse um eterno ir, não haveria o gostinho do vir, do voltar.
Às vezes, esse voltar nem sempre é muito agradável, mas como tudo na vida, nos deixa um legado de aprendizagem, de lembrança, de avaliação. Eu, particularmente, gosto da sensação quando o balanço vai.... mas não gosto quando ele volta.
Por outro lado, quando ele volta, tenho a certeza que preciso dar mais impulso para a sensação de ir ser melhor... e assim, vai e volta.
Também percebo que o ir e voltar nos dá a oportunidade de ver as coisas ou paisagens de ângulos diferentes. Requer inteireza usufruir estes dois aspectos: sentir a sensação do ir e vir e, ao mesmo tempo, observar as coisas ou paisagens em outros ângulos.
Outra descoberta é que não aprecio tanto quando alguém empurra o balanço, gosto mais se eu mesma der impulso com meus próprios pés! que será isso? um tanto de desconfiança? um tanto de orgulho? um tanto de exigência?um pouco de medo?.... pode até ser um pouco de cada um destes, mas, bem mais é a vontade de conquistar por mim mesma a responsabilidade do meu ir!!!!!!
Sinto que meu balanço está parado, um pouco estático; e assim não tenho a sensação nem do ir nem do vir! Mas me consolo em sempre lembrar que está nas minhas mãos, ou melhor, nos meus pés, dar o impulso que me fará usufruir a fase do ir com mais intensidade, consciência, e mais aceitação da fase do vir.
No colo da minha mãe.... talvez onde tudo começou.
Com meu amado pai que me fazia todas as vontades.
Em 1981, no auge da minha juventude!
Em 2006, em NYC, na casa de uma amiga.
Em 2009, com minha irmã na África do Sul - Bunny Park!
Em 2011, confraternização no trabalho!
Enfim, depois de tanta análise, chego à conclusão que não importa a idade; seja aos 3, seja aos 51 anos, o importante é não perder o interesse nem pelo balanço, nem pela vida! Que Deus no Seu grande amor, me conceda esta bênção - me tornar uma pessoa leve ao doce balançar e nuncar perder a vivacidade!