terça-feira, 7 de dezembro de 2010

SOLTEIRA SIM, SOZINHA NUNCA

Este é o título do livro de Bárbara Feldon.

Andei pensando também na palavra solteira. Pesquisei no dicionário Aurélio e encontrei a seguinte definição:
Significado de Solteira
adj. Diz-se da mulher que ainda não se casou. / Diz-se das fêmeas (de animais) que não têm filhos. / &151; S.f. Mulher que ainda não se casou.”

Definições alheias à parte, prefiro a minha própria: “Solteira – aquela mulher que está solta” ;-))
Sim, mas solta de quê exatamente? Solta de tanta coisa........

Solta das alianças: a do dedo e as da sociedade...
Solta dos compromissos: não ser obrigada a prometer nada a ninguém...
Solta no tempo e no espaço: ter seu próprio tempo, ter a casa, a cama e o banheiro todo para você.
Solta das amarras: amarras que lhe impedem de fluir vida adentro e descobrir novos caminhos, amigos e ninhos.
Solta pelo vento: sentir sua existência leve como uma bandeira a balançar no mastro....
Enfim, sentir-se uma unidade.
Mas o melhor de ser solteira; de estar solta, é poder se encaixar justamente por não fazer parte de uma engrenagem,
É poder se dar sem ter sido cobrada.
É se comprometer altruistamente.
É partilhar seu tempo e espaço.
É se abraçar aos mastros encontrados no caminho, os amigos e os ninhos.
É experimentar a diversidade do tempo - ora tempestade. Ora bonança.
Sim, é tudo isso e algo mais.

Sem querer fazer publicidade para o livro citado, a sinopse diz que,
“Depois de uma série de relacionamentos que não deram certo, Barbara Feldon viu-se vivendo sozinha. Na época ela não sabia, mas esse se tornaria um dos períodos mais enriquecedores e prazerosos de sua vida. Agora, a autora revela os segredos para viver sozinha e ser feliz assim. Ela dá receitas contra a solidão e os medos e responde todas as perguntas que surgem quando se vive sem um parceiro, abordando tanto os aspectos emocionais quanto os práticos da vida de solteira. Com este livro você vai aprender a: - parar de achar que o casamento é a solução para a solidão; - ter uma excelente auto-estima, que não dependa de um admirador; - valorizar relações e amizades que podem estar sendo negligenciadas; - desenvolver seu lado criativo; - acabar com o pensamento negativo. Seja você jovem ou mais experiente, ´Solteira sim, sozinha nunca´ vai lhe ensinar como viver uma vida plena e feliz, desfrutando das aventuras e recompensas da vida de solteira.” (O grifo é meu).

Senti muita vontade de escrever sobre este tema porque ontem, solteira como estou (leia-se aqui “solta”), me senti sozinha.
Era domingo, o dia estava lindo, o sol mais que brilhava e eu não queria ficar em casa.

Minha filhota dormia! Ela, assim como Everaldo (meu gato persa), faz parte desta geração que ama a madrugada, mas detesta a alvorada KKKKKK...





Amigos ocupados...... parentes distantes.... enfim, eu não ia desperdiçar um dia tão lindo e tão meu... então resolvi ir à praia.


De cadeira e guarda-sol a postos, armei “acampamento” no lugar que mais gosto e
lá fiquei curtindo uma sensação mista de solidão e prazer por estar na praia.


Passados alguns instantes, como uma lâmpada que se acende, eu subitamente passei não só a olhar, mas a ver e curtir as cores deste marzão que Deus nos deu, as ondas, as pessoas, as crianças, os cães cujos donos insistem em levar à praia mesmo sendo proibido.

Havia também o vendedor de coco que, na esperança de me vender um, me cumprimentou de uma forma tão humilde e calorosa.....

O vendedor de picolé passou e acenou.....

Um novo casal chegou com 2 filhos pequenos e se instalou próximo a mim, fazendo-me lembrar dos meus filhos quando eram pequenos e me acompanhavam......

De repente eu estava tão cheia de gente ao meu redor que minha solidão se dissipou, e restou o prazer de estar em minha companhia, de contemplar as famílias, de sentir o calorzinho do sol na minha pele, de poder agradecer a Deus por ter o privilégio de estar ali usufruindo a liberdade, a sensação de ser senhora de mim mesma, sem egoísmo ou culpas.


Fiquei tão repleta de mim mesma que resolvi entrar no mar.

Novas sensações, novas percepções vieram: maré baixa, pequenas piscinas de águas transparentes se formam, e nelas você pode observar um pouco da vida marinha; a cor das algas que varia do verde-cana ao roxo-berinjela (hum... tô inspirada!!!! rsrsrs), as pequenas conchas reluzentes á luz do sol.... Enfim tanta vida ao redor!












Mas, não pensem que fiquei sozinha na água não! Além das muitas crianças a brincar e pais a olhar, quando menos espero até o Nemo veio me visitar rsrsrsrs, eis um peixinho amarelo e preto a mordiscar minha perna! ( peixe morde???... Sei lá KKKK )
Obrigada Nemo por me fazer companhia!

Em cada um deles vi uma beleza contagiante que transformou meu dia!

Negar que família faz falta seria, no mínimo, desonesto, mas percebi que o bom da vida está em você se bastar e reparar nos pequenos detalhes que quase nunca observamos, seja por problemas, seja por condicionamento, seja por carência.

Por tudo isso, agradeci muito ao grandioso Criador o dom da vida, e por este planeta tão bem preparado para todos nós.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Oração

Este é um post diferente! é uma homenagem à sobrevivência! à resiliência e, acima de tudo, à superação.

Somos quatro mulheres: 2 vividas, 1 vivendo e 1 chegando à vida!
Todas não tão bem de vida, mas todas de bem com a vida!
Todas com laços afetivos, mas todas sem os afetos enlaçados!
E no final, todas vivem o grande paradoxo da vida! a união da separação.


ORAÇÃO ÀS 4 MULHERES

Quatro mulheres, três gerações,
A mesma realidade, em quatro corações!




Duas sem os pais, duas sem os maridos,
Duas choram seus ais, duas padecem seus motivos.




Duas mães, duas tias,
Com laços de amor, Resguardam suas crias.




Duas primas, duas sobrinhas,
Que com sua juventude, compartilham suas alegrias!




Cuidai de nós quatro Senhor, pois como vasos mais fracos,
Precisamos dos Seus fortes braços,como nosso Protetor.
Amem


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

50, cinquentinha, meio século!!!!!!

Sim.... completei meio século de vida e, graças a Deus, com muita vida!!!!
Mas para ter qualidade de vida, todo mundo sabe que é necessário cuidar da saúde, e entenda-se por saúde a física, mental, emocional e espiritual!

O post de hoje é sobre de uma situação que me trouxe humor, reflexão, imaginação e, acima de tudo, consciência.

Vamos à estória:
Compareci ao cardiologista para fazer os exames de rotina; estava sentindo umas palpitações extras, e achei que o coração cinqüentenário já estava reclamando aposentadoria, FGTS, seguro desemprego, enfim tinha que verificar.

O médico, muito agradável e um pouco fora dos padrões para um cardiologista... (este comentário é suspeito: ele deve ter seus 55 ou 60 anos, usava um rabinho de cavalo de cabelos grisalhos e meio careca na frente) fez questão de me deixar à vontade e como de praxe, me fez aquele monte de perguntas:

- Faz atividade física? Se alimenta corretamente? Tem algum vício? fuma? Bebe? Fuma maconha, cocaína, LSD, crack???

- E eu :-o hein????? Rsrsrsrs, brincadeirinha.... não me assustei não, na realidade até ri com ele e respondi com tanto bom humor quanto ele estava tendo comigo.

- Sim, faço hidroginástica; Sim, procuro me alimentar corretamente; Não, não fumo e quanto a beber, não vou lhe dizer que bebo socialmente porque o senhor vai pensar que eu bebo dia sim e outro também KKKKKK.

Bem, ele riu e continuou com a consulta, e quando veio tirar minha pressão, eu, meio que reflexiva disse a ele: Sabe doutor, de vez em quando eu só cometo um grande pecado........
Demorei um pouco para completar e completei: as vezes eu como uma barra de chocolate inteirinha e saborosa! KKKKKKKK

A reação dele foi mais divertida ainda! Ele me disse: eu estou pensando que você vai me contar um pecado cabeludo e você vem me falar de chocolate??????
Rimos muito e continuamos com o resto da consulta.

Graças a Deus os exames deram normais até demais para meu gosto rsrsrsrs

Mas, porque toda esta estória?
Porque a pergunta do médico sobre se eu tinha algum vício me fez refletir.

E eu percebi que realmente não tenho vícios. Sou humana, será que não deveria tê-los?
Diferente dos hábitos que podem ser bons ou ruins, os vícios são sempre ruins. Mas não deveriam ser né? Deveria haver bons vícios, então imaginei:

1. Eu poderia ser viciada em tomar um lanche com meus amigos num lugar assim:


Não é lindo? olha que primor!!!!

2. Ou eu poderia ser viciada em olhar da janela do meu quarto e ver uma paisagem assim:


ô vício baum rsrsrsrs

3. Já pensou se eu fosse viciada em dormir num quarto tão belo assim:

Dá até um soninhoooo rsrsrsrs

Brincadeiras à parte, estas são apenas algumas ponderações sobre “bons” vícios.

Mas como eu tinha falado no inicio deste post, esta situação me trouxe humor, reflexão, imaginação e, acima de tudo consciência, consciência que amo a vida, de que minha vida é cheia de gente que amo e aprecio, cheia de muitas bênçãos, e que aos 50 anos, é assim que consigo encarar meu futuro:


Um caminho a trilhar e desfrutar de cada momento, cada encontro, cada descoberta, cada conquista e, por fim, quando o descanso chegar, agradecer ao Grandioso Criador a benção de ter celebrado a vida.

Algumas imagens que usei aqui são públicas e vieram no windows vista, outras colhi da internet , mas confesso que não guardei o link. Se alguém souber me fala tá? Não quero ficar viciada em não atribuir os créditos rsrsrs

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A CÔMODA INCÔMODA

Depois de muito tempo sem postar, mas sem nunca ter deixado de visitar os blogs de decoração que muito gosto, finalmente achei um tempinho para registrar mais uma experiência que deu certo.

Também tive que espremer, literalmente, meu tempo para poder concretizar umas mudanças que estavam mais que planejadas. Às vezes eu gostaria que o dia tivesse mais que 24 horas e que o fim de semana tivesse mais que apenas dois dias rsrsrsrs, enfim, garimpar tempo para fazer o que se gosta sempre tem uma boa recompensa. Eu procuro garimpar este tempo procurando melhorar minha casinha de forma que ela continue cantando para mim!!!! Melhorar significa transformar ou até mesmo exterminar o que me incomoda. E esta é a estória da cômoda incômoda!


O quarto que era do meu filhote quando morava comigo está cada dia mais longe de se perpetuar como o quarto dele....a realidade é que, agora com19 anos e morando o pai, ele pouco fica comigo.... o quarto mantido do mesmo jeito era perpetuar sofrimento, e eu praticamente já saí do 2º “S”. Foi muito doído e sofrido conseguir perceber que aquele cômodo da casa não deveria ter mais a mesma finalidade. Mas, por outro lado, foi muito libertadora a sensação de tranqüilidade que senti quando caí em mim mesma que o rumo agora é outro, e que tudo na vida tem seu tempo. O tempo de quarto acabou, mas este cômodo da casa continua. Enquanto não o transformo num home office, decidi melhorar alguns itens que lá estão.


A cômoda que meu filhote usava estava tão acabadinha..... branquinha desbotada, suja de tacolac, (herança do maravilhoso trabalho da minha última empregada doméstica (o que é isto mesmo hein???? rsrsrs, há 3 anos que não usufruo mais desta mão-de-obra nada qualificada KKKKKK). Eu não agüentava olhar mais para ela. Visitando vários blogs inclusive do exterior, vi muitas técnicas para renovar móveis usados e fiquei apaixonada pelo revestimento com tecido. Então pensei: porque não me aventurar? Já que não vou mudar o quarto agora, pelo menos melhoro a aparência dele.


Assim a cômoda que era incômoda assim:

















Forrei toda com anarruga azul e branca e ficou uma fofurinha assim:





















Fiquei muito contente com meu trabalho, e põe trabalho nisto...... rsrsrs

A cômoda incômoda passou a ser a cômoda que acomoda meus apetrechos de artesanato. Ponto para mim rsrsrsrsr


quarta-feira, 23 de junho de 2010

Há um tempo para tudo debaixo dos céus

Ai, ai, este negócio de decoração quando chega é para ficar mesmo!
Quando se gosta, é como descobrir um universo novo e grandioso, e o mais interessante é que este universo nunca esteve longe de você. Você apenas não conseguia ver; até enxergava, mas não via no mais pleno sentido.
É interessante também como isso acontece com nossos problemas, com a nossa vida; as vezes a gente enxerga, mas não vê no mais pleno sentido..... e então quando conseguimos ver, tudo fica mais claro e consciente.... aí não tem outro jeito que não agir.
Gosto muito de um livro intitulado "Tenha medo.... e siga em frente", de Susan Jeffers, que fez toda diferença no meu modo de ver a vida, os problemas e, principalmente, me ver. Neste livro está escrito: "Não há nada mais gratificante que o agir! O ato de agir é por si só extremamente fortalecedor. Ele nos ajuda a esculpir nosso modo de vida, em vez de sentirmos que nao temos escolha".
Não é por acaso que, depois do 1º "S", minha frase favorita é: What matters most is how you see yourself! (O que é mais importante é como você se vê).
Quando visitei os EUA em 1999, comprei um poster que tem esta imagem e a frase acima.







incubelieve.wordpress.com

Me identifiquei imediatamente quando o vi, mas para dizer a verdade, o poster ficou guardado por longos 8 anos, é isso mesmo, 8 anos!!
Até que em 2007, no auge do 1º "S" eu visitei os fundos dos meus baús, digo baús porque eram muitos: baú de lembranças, baú de sentimentos, baú de tristezas, baú de indignação, báu de decepções etc, etc, etc... a lista é grande rsrsrs... e bem no fundinho do baú de lembranças achei meu poster com meu linho gatinho amarelo, e que me fez perceber que aquele gatinho era eu. Sim, era eu que havia ficado guardada no fundo do baú por longos 25 anos e que agora precisava se ver, não apenas se enxergar. E o mais importante de tudo A G I R!!!!!
Mandei emoldurar o poster e pendurei na parede em frente à minha cama. É a primeira coisa que olho quando acordo, e então percebo que despertei não apenas de uma noite de sono , mas para a vida!
Despertei para diversos interesses e atividades que antes não me permitia deixar aflorar, tal como o interesse por decoração, por plantas! Despertei para minhas potencialidades, para um olhar estético e inquietante, e que me fazia bolar coisas sem saber o porquê. Eu já sabia que gostava de articular peças, cores, sempre me envolvi de alguma forma com artesanato, mas faltava algo mais contundente e que me justificasse todo aquele meu interesse mesmo com uma visão nublada. Foi então que percebi que eu precisava me expressar através da arte, dos trabalhos manuais, e a decoração tem sido o caminho para esta expressão.
Minha percepção deste processo aconteceu da seguinte forma:
Reorganizar minha casa depois do que passei, e especialmente tendo que lutar sozinha, me fez procurar opções econômicas e que satisfizesse minha avidez pelo artesanato, pelo belo, pelo estético; que tivesse como se diz na brincadeira: 3 "B", bom, bonito e barato rsrsrs
Eu queria luminárias para minha sala de tv, mas não queria algo pronto: eu queria criar algo que ficasse bonito e com uma luz aconchegante. Então tive a idéia de comprar aquelas luminárias japonesas feitas de papel e arame, mas eu não queria penduar como lustre.
Comprei um suporte para vaso de planta nestas lojas de $1,99, fixei um arame interno com uma lâmpada e O fio para ligar e desligar e.... voilá.... fiz minha luminária que ficou super legal na minha sala de tv. Uma para cada lado dos dois sofás.


Fiquei super satisfeita com o resultado, então para minha supresa, a revista Casa Cláudia de agosto de 2008 publicou a seguinte foto:

Olha minha luminária aí genteee!!








Ou exemplo?

A faculdade onde trabalho é bem antiga, e o prédio data de 1960. Os moveis ainda são praticamene os mesmos, madeira de lei, modelo da época.
Outro dia eu estava no primeiro andar e observei uns bancos de madeira e ferro que são colocados nos corredores, provavelmente são da mesma época da faculdade, como o resto dos móveis. Eu estava distraída quando de repente pensei, ..... umas almofadas tipo futon bem coloridas iriam cair bem nestes bancos....!!!!
Ai, ai, pobre de mim, os bancos são tão antigos e eu pensando em futon pode????? rsrsrs Ri de mim mesma e minhas idéias de decoração e fui embora.
Aqui está a foto de um dos bancos que já estão bem sambadinhos.


Tenho muitas revistas de decoração; vou comprando e estocando. Aí quando me sobra um tempinho livre, me dedico a folhear minhas revistas e ver as matérias que mais gosto. Foi assim que descobri uma foto na Casa Cláudia de agosto de 2008 onde lá estava o danado do banco!!!! não é muita coincidência?













Então é isso..... vamos em frente que muito mais novidades tenho certeza que vão surgir. Quantas novidades meus baús ainda me trarão????????

terça-feira, 15 de junho de 2010

Reciclar é imperativo



Dando prosseguimento ao tema reciclagem, andei pensando como a vida recicla agente!!!!
Muitas vezes para você reciclar um objeto, você precisa mexer na sua forma, no seu ângulo, você precisa cortar, lixar, lavar, espanar etc, etc, etc.... Assim também a vida faz conosco! os problemas mexem na nossa forma, no ângulo que vemos as coisas, cortam nossas expectativas, lixam nossa resistência, lavam nossas esperanças, espanam nossas alegrias, mas pecisamos focar no resultado final.
Costuma-se dizer que, para sermos bem-sucedidos , temos que ter uma boa resiliência (capacidade de um objeto perder a sua forma original e retornar a ela após sofrer pressão externa, tipo aquela bolinha que temos que amassar para não ter LER- Lesão por Esforço Repetitivo).
No meu caso,o 1º S foi uma prova dura para minha resiliência! As vezes eu pensava: o que fazer com o que eu havia construído? Como me reinventar e dar margem a mim mesma e provar minha resiliência?
Quando queremos reciclar um objeto paramos, olhamos para ele, analisamos e pensamos em todas as possibilidades do que pode ser feito e agimos. Da mesma forma eu parei, olhei para o que se me apresentava no 1º S, analisei e pensei em todas as possibilidades do que poderia ser feito e agi.
Alguém uma vez disse: se lhe derem um pepino, faça uma bela salada; se lhe derem um abacaxi ; faça um maravilhoso suco, e com o limão super azedo , transforme numa deliciosa e refrescante limonada.
Tomei o conselho a peito e segui em frente com a intenção de me reciclar e reciclar meu pepino, abacaxi e limão super azedo do 1° S e, acima de tudo, focar no resultado final!
Exemplos?
Eu tinha um conjunto de mesa e 8 cadeiras de ferro batido na minha antiga sala de jantar e não tinha como aproveitá-lo na nova casa. Mas as cadeiras eram lindas, foram boladas por mim com tanto gosto, como me desfazer? Então doei algumas e as que ficaram comigo foram r e c i c l a d a s s s s ......




















As colunas que serviam como base para o tampo de vidro da mesa agora estão enfeitando o meu jardim.

Uma aqui: e a outra aqui:



















Moral da estória?
Começar de novo..... E contar comigo...... Vai vale a pena..... Ter sobrevividoooooo......


sábado, 12 de junho de 2010

Reciclar é preciso

Reciclar é dar novo ciclo, novo direcionamento, nova serventia.
Visito vários sites e blogs que falam de reciclagem na decoração, com idéias fantásticas e bem boladas de como dar novo ciclo a peças, arranjos, material descartado e etc.
E esse negócio de decoração é um vício mesmo rsrsrsrs.
Não há situação, ambiente que eu esteja, ou viagem que eu faça que não esteja atenta a itens de decoração; sejam peças, cores, arranjos! e, ultimamente, a decoração com reciclados.

Outro dia, cheguei da varanda da minha casa e percebi que do outro lado da rua alguém tinha colocado entulho de uma reforma que estava sendo feita numa casa próxima. Só que este entulho não era só de construção. Havia também alguns poucos pedaços de móveis bem danificados.
A princípio senti indignação pelo entulho, mas logo, logo minha indignação foi substituída por intuição! Eu observei que havia um pé de mesa que era até bem simpático rsrsrsrs, como eu disse era só o pé da mesa porque o tampo ja tinha ido embora há muito tempo!!!!
Lembrando que reciclar é dar novo ciclo pensei: aquele pé de mesa pode dar uma bela base de abajur!!!!! A peça torneada era cativante e instigante de como ser reaproveitada. Sem mais demora, corri no entulho sem que ninguém visse e peguei o pé da mesa. Sem que ninguém visse vírgula, porque quando mostrei a minha filha, esta bradou: - mainha, que pobreza, até parece que você não tem dinheiro para comprar um abajur novo!!!!!!
Meu desejo de expressar minha criatividade falou mais alto que os resmungos da minha filhota e resolvi levar avante meu projeto.
Ele era assim:
Feinho né?
Então, analisei o que poderia ser salvo e percebi que os suportes eram parafusados! que beleza, não haveria necessidade de utilização da serra elétrica (Freddy Krueger em A Hora do Pesadelo)!!!
Desparafusei com muita dificuldade por causa das diversas camadas de tinta.
As marcas dos parafusos retirei com massa corrida, e pedi ao carpinteiro que fizesse o furo central por onde passariam o fio e o soquete para a lâmpada.
Depois de uma boa pintura e uma cúpula proporcional à altura da base, eis que surge meu "novo abajur"!!!!

A vida também precisa vez por outra de reciclagem. Quem já passou pelos 3 "S" sabe do que estou falando. Mas, no final das contas, o que vale mesmo é o resultado final, seja do abajur ou do "S" de superação.

Quem procura acha

Quando criei o blog, resolvi fazer uma varredura nos meus arquivos de imagens e de fotos para ver se eu tinha bastante elementos para postar. Qual não foi minha supresa quando minha pasta chamada "blog" está com, aproximadamente, 300 arquivos entre fotos e imagens!
A vida também é assim, vamos arquivando vivências, as vezes boas e ruins, registrando imagens, passando por problemas e alegrias e não nos damos conta do quanto vivemos.
O bom é que, quando atingimos o nível de consciência e de crescimento, podemos deletar os arquivos indesejáveis, transformar os que ainda têm salvação e resguardar aqueles que mais prezamos.
Certas coisas acontecem na nossa vida e só despertamos para elas quando estamos prontos, plenamente antenados com o que se passa ao nosso redor.
Meu Deus.... tanto texto para relembrar pequenas coisas que acontecem!!!! rsrsrsr
O que quero mesmo é registrar minhas percepções sobre mim mesma, e fatos que ocorrem para completar meu despertar do quanto vale a pena viver. Mesmo que sejam coisas pequenas, mas que para mim têm um enorme significado.

O caso da avenca.

Quando eu estava na universidade, nos idos dos anos 80, comecei a estagiar no colegiado de Administração e lembro-me, perfeitamente, que aproveitávamos o intervalo após o almoço para chegar até uma parede que ficava na parte de trás do prédio e garimpar algumas mudinhas que cresciam por lá. Era uma grande muralha de pedra que dividia a faculdade de Administração da faculdade de Direito, e que minava o tempo todo, fazendo com que crescesse muito limo e com ele plantinhas que gostam de ambientes úmidos. Era um deleite só quando alguém achava um pézinho de avenca, porque sempre foi tida como uma planta com personalidade.... não gosta de vento, de sol direto, de frio, de calor, etc..etc... Enfim, cada colega que achava uma mudinha, a exibia quase como um troféu!!!!! Confesso que eu ficava meio que enciumada! eu nunca achava! e se achasse, não me sentia competente para cuidar dela. Como já postei antes, minha relação com plantas é recente, especialmente depois do 1º "S".
Bom, para encurtar o post, eu me formei e segui a carreira em diversas empresas e por muito tempo não havia voltado à Faculdade.
Mas a vida dá muitas voltas e, para minha surpresa, depois do 1º "S" eu fiquei desempregada. Na busca de uma nova colocação, fui parar na faculdade de Direito. Como na maior parte das instituições públicas, o cenário não mudou muito de 1980 para cá, apenas foi constuída uma grande escada que dá acesso a ambas as faculdades. E é por esta escada que passo praticamente todos os dias.
Certo dia eu vinha refletindo sobre a vida e lembrando que comecei a vida profissional na Universidade e estava, praticamente, terminando esta vida na própria Universidade!(faltam alguns anos para a aposentadoria) não é engraçado? Havia feito concurso e agora estava lá..... Foi quando no meio da escada e da reflexão, minha visão foi desviada para um barranco e para minha supresa o que eu vejo???? uma muda de avenca já com uns 15 cm de comprimentoooooo. Eu não acreditei... estava no meio do mato, onde pega sol, vento, chuva e por onde passam muitos e muitos estudantes!


Mas ela estava lá para mim, era meu presente quase 30 anos depois!!!! Era como se a vida dissesse para mim, "receba seu presente, você está pronta, você é competente, você merece......."
Não adianta explicar como me senti e mais que depressa, providenciei retirá-la de lá com todo carinho e cuidado e transportá-la para minha casinha como meu troféu, por ter passado pelos 2 primeiros "S", e com a percepção de estar entrando do 3º "S"!!
Sem mais delongas, ela agora reina soberana na minha sala, num lugar de destaque.
Ela chegou bebê:
E é assim que está agora:

Sim, sou competente, mas meu amor por ela é maior que minha competência.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mais sobre flores

Sou amante do que é belo, e a beleza das flores mexe comigo sobremaneira. Já lí algo sobre os florais e como se deu esta descoberta. Entendo perfeitamente este poder que as flores exercem sobre os humanos, até porque elas são obra de um Criador amoroso! Desde a mais simples mal-me-quer até a mais exuberante orquídea, percebe-se um recado explícito do cuidado de Deus para com suas criaturas em termos de deleite visual, tátil e olfativo.
Petúnias, ahh as petúnias..... gosto tanto delas que vivo relembrando como começou meu fascínio. Foi numa viagem que fiz à cidade de Vancouver, especialmente ao Butchart Gardens em Victoria...... .


É um imenso jardim com flores de todos os tipos e composições temáticas tais como: jardim japonês, jardim italiano, jardim tropical e assim por diante. Lá passei uma manhã inteirinha só a contemplar as flores, e acho que foi meu encantamento inicial e a percepção do bem que as petúnias me faziam. Percebi que, resguardadas as devidas proporções do clima onde moro, eu poderia ter aquelas flores na minha casinha, e assim voltei cheia de idéias e ideais! E.... aqui estão elas em várias épocas do ano e da minha vida:

Em Victoria,2006:


Na minha casinha após o 1º "S" em 2007:

Em 2008, 2009....



Na minha garagem em 2009:










Enfim, não tem jeito mesmo, as petúnias têm lugar cativo no meu coração rsrsrs. Eu constatei isso mais uma vez quando visitei minha irmã na África do Sul! Fomos num horto porque eu queria renovar o jardim da casa dela e que tipo de mudas eu comprei? tchan, tchan, tchan, tchan..... P e t ú n i a s s ssssss rsrsrsrs.
Cá estou eu comprando-as e plantando-as:











Mais constatação? Ainda em Johanesburg, fomos a um zoológico ( lógico, uma vez em Roma aja como os romanos rsrsrs) e chegando lá com o que eu me deparo?..... petúnias em pleno sol sulafricano!










Ainda falarei muito em flores em futuros posts, pois lembrando Geraldo Vandré..... "Prá não dizer que não falei das flores...."

"Os amores na mente (também as decepções)
As flores no chão (do meu amado jardim)
A certeza na frente ( nova vida no 3º "S")
A história na mão ( e na mente para não voltar a errar)
Caminhando e cantando ( sempre em frente)
E seguindo a canção ( meus instintos)
Aprendendo e ensinando (é o curso da vida)
Uma nova lição... ( a lição da liberdade)

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer... "
continuarei relatando cada presente que receber do meu jardim.

Meu caso com as flores

É engraçado como a liberdade modifica agente!!!!!! A perspectiva muda, muda também o olhar e a relação com o mundo que nos cerca.
Assim foi meu caso com flores e plantas. Sempre gostei de flores, mas confesso que não tinha a mínima paciência para cuidar delas. Como eu morava num apartamento, o que realmente dificultava o cultivo de plantas, eu costumava dizer que as flores desidratadas e artificiais tinham cadeira cativa na minha casa; afinal ser dona de casa, mãe e executiva ao mesmo tempo não me dava espaço para me relacionar bem com plantas in natura.

Pura desculpa ou falta de percepção do que realmente acontecia na minha vida, até mesmo para com estes seres vivos. Nada contra arranjos de flores secas e/ou desidratadas, mas a realidade é que, no meu casamento, eu estava tão seca e desidratada quantos elas.

Mudei para a casa e por mais que eu me esforçasse, (e olhe que não foi pouco tempo de tentativa, quase 16 anos) minha relação com as plantas continuava difícil.... hoje sei que não era bem com "as plantas" que minha relação estava difícil. Hoje continuo mãe, dona de casa e principalmente executiva, e meu jardim, por mais simples que seja, vive me dando presentes inesperados. Cada tempinho gasto num fim de semana corrido, é recompensado com belas flores logo ao amanhecer. Já perdí a conta de quantas vezes, logo cedo quando vou sair para o trabalho, subo correndo novamente as escadas só para pegar a câmera e fotografar uma nova flor recebida para alegrar meu dia!!!!

No post anterior, eu falei de perdas e perdí muitos pés de ixoras que plantei junto ao muro, e que nunca consegui vê-las floridas. Como já estavam grandes, não havia como arrancá-las e replantá-las do meu lado da casa. Ficaram na casa de baixo, abandonadas, a míngua de um pouco de água que eu jogava com a mangueira por cima do muro. Mas o amor transcende, e tal não foi minha surpresa quando um dia cheguei da varanda da sala, olhei para baixo e lá estava o resultado..... perto de um monte de entulho da reforma da casa de baixo, elas sorriram para mim como se me dissessem: Olá, bom dia, ó como vai você........
Hoje eu tenho ixoras também do meu lado da casa, mas são viçosas e cuidadas, tão cuidadas quanto eu cuido de mim neste 3º "S".
Aprendi que as plantas reagem ao seu cuidado e principlamente ao seu humor, ou seja, se você está mal, elas estão ruins, e se você está bem, elas estão melhores ainda!!!!!!!
É uma relação de pura reciprocidade.
Ainda tenho muito a aprender, mas já me sinto muito feliz com este avanço.

domingo, 6 de junho de 2010

A jornada era grande: antes e depois

















Era assim....... Ficou assim!!!!!


25 anos de casamento não foram empecílio para o 1º "S"... e você cai na real que tem que se virar sozinha. Em contrapartida, percebe ser portadora de uma força que não sabe que tem!!
Canalizar a energias para fazer do meu cantinho um lugar aprazível foi deveras um presente de Deus..... muito planejamento, pouco dinheiro, mas muita força de vontade e desejo de usufruir o belo e o aconchegante, mesmo que simples, mas que revelasse meu verdadeiro eu, sem sombras nem rótulos..... simplesmente eu. Hoje olho para minha casinha e me vejo. Não sou engenheira e muito menos arquiteta ou decoradora de interiores rsrsrsr sou uma curiosa que ama coisas belas, mas que acima de tudo preza a simplicidade; e isto foi feito! Ainda não acabou, mas como disse, a jornada é grande e o melhor é descobrir ao longo do caminho, os erros, os acertos, as descobertas e as recompensas de uma reforma baseada nas minhas próprias idéias.

AS TAREFAS

Antes a casa tinha térreo e 1º andar assim distribuídos:
térro: estar, jantar, gabinete, cozinha e lavabo/banheiro
1º andar: 5 quartos, 2 banheiros e uma área de passagem para a 2º laje.
A idéia foi fazer 2 casas sendo a minha a parte superior. Perdas numa separação sempre há.... então perdi a piscina, o jardim, quarto de empregada e área de serviço. Mas ganhos também existem e muitos...... paz, tranquilidade, recobrar a sua essência, amor e respeito próprio e acima de tudo reconhecer quem realmente são os seus verdadeiros amigos! esqueci de dizer que perdi "pseudos" amigos também.... hum, então não foi uma perda hein? se não ficaram comigo não eram meus amigos!!!!!!! Aha!!!! ponto para mim. Refiz a casa e muitos amigos ha, ha, ha.

Meu maior problema era dizer ao mestre de obras o que eu realmente queria, até porque eu trabalhava 8, 9 horas por dia, a 70 quilômetros da casa e tinha que administrar a obra, as vezes, pelo telefone rsrsrsr; mas o desafio estava lançado, então além de conversar com ele logo cedo pela manhã,
decidi riscar nas paredes as modificações que queria e a posição que os móveis deveriam ficar, para se definir pontos de água e energia. Era um verdadeiro gozo chegar do trabalho mesmo cansada e ainda ficar matutando o que deveria ser feito, a logística para comprar os materiais a tempo e a grande tarefa de me fazer entender pelo mestre.
Hoje eu olho as fotos e morro de rir da minha astúcia..... ai de mim se não fosse isso, eu teria gasto 3 vezes mais.

Dentre as muitas coisas, a maior modificação teria de ser na passagem do térreo para o 1º andar; esta área seria a cozinha.





E ficou assim...........





A construção de escada externa era vital para o acesso à parte superior da minha casa;

Teria que haver uma divisão na frente da casa separando uma da outra, mas não poderia ser total porque o meu cachorro deveria circular por toda a área, uma vez que a casa de baixo ficou sem habitantes. A solução foi um fechamento parcial e esta divisão foi feita em três etapas:
1ª divisão - só plantas
2º divisão plantas e placas 3ª e última divisão depois da reforma que o proprietário (leia-se ex-marido) fez na casa de baixo.










A garagem que ficou do meu lado precisava ser mais que garagem; seria também área de lazer e acesso a uma área de serviço provisória. Enfim, não adianta explicar tudinho nos mínimos detalhes.... como eu disse no início do blog, este espaço aqui será de desabafo, constatações, compartilhamento de idéias e consecuções.
Era assim a garagem:

Depois ficou assim:








Alguns novos ângulos:










Algumas imagens revelarão todo esforço em ter um lar bonito, aconchegante e apto a satisfazer as necessidades de nós quatro: eu, minha filha, meu gato persa (Everaldo)

e meu labrador estabanado (Shadow).

Eu costumo dizer que sou uma rainha que mora com uma princesa (minha filha) em um castelo de 2 torres (as duas varandas da frente), e que somos guardadas por um eunuco (Everaldo) e por um ninja (Shadow) rsrsrsrsrsr.
Uma das coisas que aprendi com o 1º "S" é que bom humor é fundamental para levar esta vida cheia de altos e baixos.